Índices pluviométricos registrados em janeiro de 2017 estão dentro da média histórica na maioria das cidades paulistas, de acordo com informações do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), do Instituto Agronômico (IAC-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Apesar de o volume de chuva deste ano estar dentro da média histórica para a maioria das regiões paulistas, a concentração e constância das precipitações dos últimos dias causaram impacto na produção de alguns produtos agrícolas, como milho safrinha, cana-de-açúcar, hortaliças, frutas e flores, além de ter dificultado o manejo de solo e tratos culturais.
O pesquisador do IAC Orivaldo Brunini aponta que as chuvas da última semana podem ter causado impacto na produção de milho safrinha em Capão Bonito e na região do Médio Paranapanema. “O plantio antecipado em Capão Bonito fez com as plantas fossem submetidas a altas temperaturas no início do mês e agora com excesso hídrico e baixa luminosidade, o que causa prejuízos na polinização. Os plantios na região do Médio Paranapanema podem atrasar”, explica.
O plantio de janeiro da cana-de-açúcar também deve ter sido afetado, de acordo com Brunini. A baixa luminosidade e o alto índice de chuvas também favorecem o florescimento da cana em variedades sensíveis e a alta umidade é um fator prejudicial para o plantio da cultura. A colheita também deve ter sido afetada.
Essas condições climáticas causam impacto na produção de hortaliças folhosas, afetando a qualidade das folhas e ocasionando o aumento da incidência de doenças. Afetam também a qualidade de frutas como figo e uva, e flores, que não estão sendo cultivadas em sistema protegido.
Para o secretário Arnaldo Jardim, São Paulo é hoje o Estado com maior quantidade de informações meteorológicas do Brasil, um trabalho com impactos positivos no campo e nas cidades. “No campo, as informações são usadas para orientar as etapas do processo de produção e indicar adequadamente variedades adaptadas às condições climáticas da região onde se pretende cultivar. A ferramenta agrometeorológica contribui para o uso racional dos insumos e sua aplicação no melhor momento, evitando coincidências com os períodos chuvosos. Este trabalho é uma das diretrizes do governador Geraldo Alckmin, pois melhora a produção”, afirma.
Para orientar o produtor a decidir o momento certo de plantar, fazer aplicações, tratos culturais e iniciar a colheita, o AgroAssist fornece uma série de informações necessárias à tomada de decisão, como temperatura, umidade, velocidade do vento, previsão de chuva para 5 dias e ainda cotações do mercado e notícias diárias sobre o meio rural, com isso, é possível driblar as adversidades climáticas que muitas vezes atrasam o plantio e prejudicam o momento da colheita.