Intensificação das alterações climáticas neste século estão sendo um grande desafio na agricultura. Técnicas de analytics estão ajudando produtores a reduzir os yield gap.
O mundo passa por tempos de alta instabilidade climática. Atividades humanas e fatores naturais intrínsecos têm sido os principais agentes das mudanças.
A situação apresentada no Brasil no ano de 2021 é um grande exemplo deste quadro.
Enquanto o Rio Negro, na região Norte do país apresentou um aumento de 30 metros em seus níveis (maior escalada em 100 anos), a região Centro-Sul enfrenta uma estiagem que já esta provocando escassez de energia elétrica.
Além de impactar diretamente a vida dos moradores das cidades com enchentes, apagões e racionamentos, essas alterações causam grandes prejuízos na cadeia de produção agrícola.
As variações climáticas são um dos maiores fatores responsáveis pelas quebras de produtividade, ou yield gap, que são em suma, reduções incrementais sucessivas de produtividade em relação a capacidade máxima estimada no início do plantio.
Separamos 3 formas de como o clima pode reduzir a produtividade no campo e como as técnicas de analytics podem ajudar a mitigar essas perdas.
1- O déficit hídrico
Abrimos nossa lista com o maior agente climático de yield gap, o déficit hídrico. Um estudo de 2015 da Fundação Pró Sementes apontou que 73,8% das quebras de produtividade em culturas de soja de diferentes regiões do Brasil se deram pela escassez hídrica.
A indisponibilidade de água para o crescimento dos vegetais, seja por irrigação inadequada, falta de chuvas ou ausência no solo, reduz drasticamente a produtividade e leva a prejuízos severos.
A melhor maneira de garantir uma produção com qualidade é salvar as plantações pela prevenção e monitoramento do agroclima local. Antecipar períodos de estiagem permite aos produtores, um maior controle nos momentos decisivos em relação a melhor lâmina de irrigação por exemplo, para despejar maior volume de água na irrigação e manter bons níveis finais de safra.
2- Variações bruscas de temperatura
Em climas “extremos“, o desenvolvimento vegetal é extremamente difícil. Em desertos ou geleiras, por exemplo, a presença de qualquer “plantinha” é algo raro.
Isso acontece, pois há uma faixa de temperatura limite em que a maioria das plantas desenvolve seus órgãos vitais e ciclos fenológicos com regularidade.
Embora as plantas sejam muito resistentes ao calor (a maioria pode suportar curtos períodos de até 49°C), a longo prazo, temperaturas diárias acima de 32°C podem ser prejudiciais a seu desenvolvimento. O frio por sua vez, não é tão generoso com os vegetais, para os gêneros comerciais tradicionais, -4°C é o mínimo suportado.
Apesar de parecer uma faixa ampla, as espécies são muito diferentes, na prática, variações menores podem ser fatais para determinados gêneros em determinados domínios climáticos.
3- Variações de vento e correntes de ar
Nós, seres humanos, adoramos sentir a brisa marítima ou o vento no rosto em passeios de automóvel, mas para as plantas, o efeito de correntes de ar não resulta tão divertido. Os ventos afetam o crescimento das plantas sob três aspectos: transpiração, absorção de CO2 e efeito mecânico sobre as folhas e ramos.
Ventos de acima de 40 km/h causam perdas em culturas da maioria dos gêneros, sendo as espécies com hábito de maior crescimento, as vítimas preferenciais.
As alterações climáticas são um problema de escala global e suas resoluções, um dos maiores desafios da humanidade neste começo de século. Esteja preparado para esse cenário de incertezas, conheça o Pluvio, a plataforma de weather analytics da SciCrop. Clique aqui e fale conosco.