Conheça algumas maneiras de conciliar o avanço da digitalização no agro com a indisponibilidade da banda larga fixa em regiões de lavoura
A inclusão digital está avançando como nunca em nossa sociedade. É inegável que nas duas últimas décadas, um número muito grande de pessoas ao redor de todo o mundo foi conectado à rede mundial de computadores.
Na atualidade, principalmente nas grandes cidades, a vida das pessoas já apresenta até uma certa dependência da internet, é por meio dela que os indivíduos trabalham, estudam, se divertem e até “marcam encontros”.
A garantia do estabelecimento de uma conexão sólida em centros urbanos se deve à presença de estruturas robustas de cabeamento.
Gradualmente, essa mesma digitalização vêm se propagando para as áreas rurais, e impactando os processos da agropecuária, porém, a estabilidade da rede, ou até mesmo a disponibilidade do acesso à internet em muitas propriedades rurais, infelizmente, ainda não é uma realidade no Brasil.
Entretanto, usando de algumas tecnologias “alternativas”, é possível driblar esses problemas de conectividade.

Conheça os 3 principais meios alternativos de acesso à internet no campo.
1- Redes móveis
Ao contrário da internet de uso “convencional”, que depende fundamentalmente de condutores para a transmissão de dados e energia, as redes móveis atuam através de ondas, por isso, conseguem atingir maiores distâncias com menor necessidade estrutural.
As ERBs (Estações de Rádio Base), compostas principalmente por antenas e torres de transmissão, são responsáveis pela emissão dessas ondas, os sinais emitidos pelas ERBs mais próximas possibilitam a troca de dados entre dispositivos que contém chips SIM e a “Core Network”.
Vale mencionar que o dispositivo sempre buscará estabelecer contato com a ERB mais próxima e terá a qualidade da conexão atrelada a essa proximidade geográfica. Outro ponto a ser considerado, é que as estações pertencem a determinadas operadoras de telefonia e podem excluir os “não assinantes”.

3g, 4g, e em alguns países, até o 5g, são utilizados em áreas rurais como forma de conexão e transferência de dados. O problema da modalidade em áreas rurais fica por conta da cobertura. Estima-se que no Brasil, segundo estudo do IBGE de 2019, apenas 41% das áreas rurais contam com o serviço.

2 – Internet via rádio
De forma semelhante às redes móveis, uma outra forma de conectividade que funciona por meio da irradiação de ondas é a internet via rádio.
Ondas de radiofrequência, emitidas por torres de transmissão, conhecidas como POPs, que são capazes de carregar dados e estabelecer conexão com dispositivos.
Para que haja o funcionamento perfeito da internet via rádio, as ondas referidas precisam ser captadas e convertidas em sinal de internet, processos que ficam a cargo, respectivamente, de antenas receptoras (geralmente instaladas em pontos altos e isolados da propriedade rural) e de modems.
A velocidade e a estabilidade desse tipo de conexão não são tão sólidas quando a banda larga fixa cabeada, mas uma excelente opção de custo benefício para áreas descobertas pelo serviço.
3 – Internet via satélite

A solução definitiva para áreas remotas é a internet via satélite.
A banda larga via satélite funciona de maneira muito semelhante às redes previamente discutidas. Mas ao invés de ter os sinais emitidos por cabos ou por estações de transmissão fixadas em terra, as ondas são providas por satélites posicionados na órbita do planeta.
Para poder utilizar o serviço, é necessária uma mini antena parabólica capaz de captar os sinais e de dois modems (ao invés de apenas um, como geralmente se utiliza), para realizar conversões que possibilitem o processamento do sinal pelos dispositivos.
Além de serem estacionários, satélites emitem ondas de maior alcance e conseguem evitar os “obstáculos” terrestres, por isso, esse tipo de internet pode ser ofertado em qualquer parte do mundo: cidades afastadas, locais desertos ou montanhosos, todos são cobertos por este modo de conexão.

Por ser a única opção de conexão para determinados casos, devemos “pegar leve” com as condições de velocidade e estabilidade. Devemos dizer que a principal desvantagem fica por conta do alto preço.
Apesar das soluções apresentadas parecerem promissoras, não se engane!
Muitas vezes, apostar em apenas um desses três tipos de soluções, não será o suficiente para promover a gestão de dados de sua empresa ou propriedade no campo. Por vezes, é necessária a hibridização dos métodos e a adição de outros artifícios de conectividade não mencionados no artigo.
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