Saiba o prognóstico sobre o avanço da integração de tecnologias digitais no agronegócio.
As duas últimas décadas têm sido marcadas pela integração de tecnologias, sobretudo digitais, aos processos produtivos de empresas do agronegócio, (conforme discutimos com mais detalhes em nosso último artigo do Blog SciCrop).
Entretanto, foi a partir de 2019, ano marcado pelo início da pandemia de COVID-19, que o setor experimentou uma verdadeira aceleração em termos de transformação digital.
Os resultados positivos deste avanço tecnológico podem ser traduzidos por alguns dados econômicos.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), somente em 2021 o PIB do agronegócio cresceu 9,4% em relação ao ano anterior e chegou a representar 29% de todo o PIB brasileiro no último ano.
Alguns acontecimentos, como por exemplo, o aumento do consumo de alimentos e determinadas políticas macroeconômicas no período também auxiliaram para estes resultados, mas a tecnologia foi o fator chave desta evolução.
Ao observar o sucesso desta assimilação, é natural que produtores rurais e empresas do setor busquem implementar ferramentas digitais em sua atividade cotidiana em 2022, ainda mais quando diante de um quadro contextual otimista para este ano.
O avanço da vacinação deve trazer a volta de feiras, eventos e atividades presenciais, que mesmo em uma projeção de cenário híbrido, pode elevar e muito o rendimento do agronegócio.
Para se ter uma ideia do potencial deste movimento econômico, estima-se que devido somente a feiras e eventos cancelados de 2020 a 2021, cerca de R$25 bi tenham deixado de circular (sendo boa parte deles destinados à compra de alimentos).
Para abraçar a oportunidade desse eventual aumento nos rendimento, organizações do agro podem ampliar seus investimentos em tecnologias digitais.
Outro fato que promete acelerar a utilização dessas ferramentas é o início da implementação do 5G no Brasil, que segundo a ANATEL deve ter início no segundo semestre de 2022.
A nova forma de conectividade levará internet aos 23% da área rural que atualmente não possuem nenhuma forma de conexão com a rede, além disso, o 5G expandirá o uso de dispositivos IOT nas lavouras.
Juntamente com esses fatores extrínsecos, tem se notado uma inclinação gradativa na cultura do produtor rural para a digitalização das operações, principalmente para a otimização do manejo e gestão, campos ideais para a aplicação de big data analytics.
No estudo Agricultura Digital no Brasil, lançado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a maioria dos entrevistados ressaltaram a necessidade cada vez maior do uso das tecnologias digitais para, principalmente, a obtenção de informações e planejamento das atividades da propriedade (67,1%) e a gestão da área rural (59,7%).
A preocupação com políticas ambientais e o alinhamento com a agenda ESG também vem permeando os hábitos dos produtores brasileiros.
Neste aspecto, a inteligência de dados é fundamental para realizar o monitoramento de fornecedores e de áreas de preservação.
O último ente responsável pela aceleração da transformação digital no agro em 2022 deve ser a forte tendência de aumento no preço dos insumos.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) este deve ser o maior desafio do setor neste ano, os aumentos devem seguir o padrão de 2021, quando chegaram em até 100% para certos produtos.
Este é mais uma barreira que pode ser quebrada com a ajuda das tecnologias de big data analytics, como elucidamos em detalhes em nosso artigo: “3 maneiras de economizar insumos na agricultura com big data analytics”.
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