O uso de big data analytics para o controle de carbono

Veja como a ciência de dados pode auxiliar empresas com a redução da emissão de carbono

O combate às mudanças climáticas é um dos grandes desafios da sociedade neste século.

Dentre todos os agentes responsáveis pelas alterações meteorológicas que o mundo atravessa, o efeito estufa é apontado pelos especialistas como um dos maiores impulsores do aquecimento global.

Visto que o acúmulo excessivo de CO2 na atmosfera é o que caracteriza este fenômeno, empresas e autoridades vêm trabalhando no controle da emissão do gás como tentativa de levar estabilidade ao clima.

Neste contexto, as organizações precisam, primeiramente, monitorar as quantidades de carbono que produzem, e em seguida, tomar decisões que reduzam esses níveis sem alterar sua produtividade.

Para apoiar essas medidas, as ferramentas de big data analytics apresentam-se como uma solução ideal, visto que possuem uma capacidade ímpar de extrair informações sobre praticamente qualquer parâmetro mensurável em uma determinada atividade.

Em um estudo recente, o Boston Consulting Group estimou que o emprego de data science e inteligência artificial a nível mundial, considerando especialmente os business, pode evitar e emissão de 2.6 a 5.3 gigatons de CO2, o que equivale de 5 a 10% da redução prevista pelo acordo de Paris.

O estudo ainda destaca que a ciência de dados pode entregar esses resultados ao melhorar a eficiência em operações de transporte e atividade industrial.

Para dar maior percepção prática ao leitor de como cientistas de dados podem auxiliar no embate nessas duas frentes, podemos mencionar o software ORION da transportadora UPS e os esforços da Google para racionalizar o uso de carbono em seus data centers.

O ORION (On Road Integrated Optimization Navigation), é uma aplicação da UPS para a otimização data driven de rotas de entrega.

Ativo a mais de 10 anos, a empresa estima já ter poupado a rodagem de milhões de quilômetros devido aos caminhos indicados por ORION, ou seja, além do corte de custos, comprovadamente, a ferramenta ajudou a reduzir a emissão de poluentes.

A Google, por sua vez, têm utilizado de inteligência artificial para reduzir as pegadas de carbono nos data centers através da otimização do uso de energia elétrica por parte de seus computadores.

Com inteligência artificial,  os computadores programam suas operações conforme as variações energéticas da rede elétrica ao longo do dia, evitando a sobrecarga nos horários de pico, quando o consumo de carbono para geração de energia é mais intenso.

Finalmente, as técnicas de big data analytics podem ser úteis ao mercado de créditos de carbono, visto que os créditos exigem, para sua geração, acurácia no momento de mensurar impactos ambientais e, doravante, as ferramentas apoiam a gestão e operação dos créditos nos meios digitais.

Vimos que a inteligência de dados pode ser um grande aliado do meio ambiente e das políticas ESG, mas sua empresa está alinhada com essas diretrizes?

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